"casa-de-banho" - o filme

Como já foi referido, a casa-de-banho foi (e espero MESMO que já tenha acabado) a divisão que mais se atrasou...

Como a ideia inicial ficou de parte...fomos procurar soluções! Mas a divisória original de cores/materias era para manter.

O branco foi fácil, até porque branco encontra-se em todo o lado, apesar de nós gostarmos que tivesse alguma textura, para dar outro "toque" à divisão.

Mostraram-nos um com uma textura tipo bolhinhas, que pertencia a uma remessa que os fabricantes criaram como teste mas não deram continuação, então o preço era bastante acessível e ainda por cima rectificado, que como já viram, tem outro aspecto final. Ficou logo escolhido, e tinham para entrega imediata.

Também tinham em promoção umas placas de 60x1,20 cm, que iam substituir na perfeição a ideia do cimento afagado, mas eram muito escuras, e esta casa-de-banho como não tem muita luz é preferível utilizar cores claras. Mostraram-nos outras, iguais, mais claras e que imitavam o cimento...o ideal...mas o preço ultrapassava a aplicação de cimento afagado, o que não nos interessava de todo! Então falaram-nos que tinham estas mesmas placas em terceira...nós decidimos experimentar, podia ser que os defeitos não fossem notórios e ficasse bem! Assim como o chão, também de terceira, mas num ladrilho mais pequeno, do mesmo tom das placas. Pois num espaço relativamente pequeno (a área é de 6m2) convém que o o ladrilho do chão não seja muito grande, para não o reduzir ainda mais.
Ficámos todos satisfeitos pois íamos conseguir manter a ideia a um preço dentro do orçamento.

antes

preparada para o ladrilho e as bancadas

A partir daqui começou o enredo do filme:

1º
visto que as paredes iam ser cobertas por ladrilho, as quinas tinham que levar umas baguetes de plástico (para esconder as arestas do azulejo e assim ficar com um melhor acabamento). Como é branco por cima e cinzento por baixo, que cor utilizar? Pois não se podia dividir a baguete. Escolhemos cinzentas, e o betume do branco também passava a cinza para haver ligação.

2º
o refazimento das bancadas, que já contei noutro post.

3º
chegaram os ladrilhos...os brancos estavam bons. Mas as placas de cor de cimento, visto serem de terceira, vinham completamente fora de esquadria, isto é, em vez de direitas eram oblíquas...nós precisávamos de 10m2, e talvez 3 é que estavam bons... É claro que assim não se conseguiam aplicar, pois não "colavam" umas nas outras...
Tiveram que ser devolvidas...pois este tipo de problema não é normal em material de terceira, e não se conseguia fazer nada com elas.
Fomos à procura de alternativas. Mas tinha de se ter em atenção as medidas do branco, para não ficar uma salganhada...foi muito complicado encontrar...devido ao orçamento...

4º
era muito complicado alterar para outra coisa diferente, quando a obra estava em pleno andamento...ia-se atrasar tudo...sendo assim, voltámos ao cimento afagado. Só falámos com o contacto que tínhamos (que era único) por alto, e ele nunca tinha chegado a ver a obra. Voltámos a ligar, o senhor, Luís, prontificou-se logo a ir ao apartamento tirar medidas e dar um orçamento. Nesse mesmo dia já tinha um preço. Fizemos contas à vida, pedimos um desconto...e acordámos um preço...na semana seguinte iam lá forrar a parede com cimento afagado, para dar tempo ao sr. Ernesto de colocar o branco.
Este acabamento tem o inconveniente de ser feito por 3 fases, ou seja, pelo menos 3 dias.

5º
o sr. Ernesto começou a aplicar o chão. Quando já tinha feito 1/3, viu que a cor do ladrilho variava bastante...pois era de terceira...não dava para continuar, o objectivo era o chão ser liso, para se aproximar ao máximo da parede.
"Mais uma voltinha!! Mais uma viagem!!"
O sr. Luis, quando soube do sucedido, disse que tinha umas sobras dum chão de uma obra que ele tinha feito, que nos podia vender a um bom preço. Da cor que queríamos! Menos mal...

6º
o sr. Luis não apareceu...tivemos nós que ligar...passou para 2 dias depois.
Afinal o sr. Luis é um intermediário (nós pensávamos que era ele próprio que fazia o trabalho), chegou lá com uma pessoa e mandou-a revestir as paredes com a primeira camada. Foram precisos 2 dias para terminar esta fase, pois só foi de tarde e não conseguiu aplicar tudo. E mal aplicado...quando fomos ver o trabalho, havia arestas partidas, um buraco junto à base de chuveiro, não ía totalmente até ao chão...já bufávamos...
Meteu-se o fim-de-semana. Na 2ªfeira resolviam.

7º
Não resolveram...ligámos...não nos atendiam... Mais tarde, alguém atendeu a dizer que o sr. Luís tinha ido de férias... Acham normal!!?? Nós não achamos...
No nosso ver, já que não é ele que faz o trabalho, quem começou podia acabar...não??
Já estávamos numa de entregar o trabalho a outra pessoa...mesmo a meio...
Depois liga-nos o irmão do sr. Luis, parece que é uma empresa familiar, a dizer que agora ficava ele responsável. Mas a 2ª fase tem de ser feita por outra pessoa, porque envolve vernizes, e a pessoa que fez a 1ª não os sabe aplicar...

8º
A obra ia-se atrasando... Vieram então resolver os pormenores mal acabados...
No fim, fomos a ver... a bancanda em vez de ser lisa, tinha umas ondulações...
Aqui começam as discussões de quem era a culpa...se deles, se do sr. Ernesto, que era quem devia ter alisado as bancadas...
Como ainda estou em Lisboa...tem de andar o Renato sozinho a aturar isto ao vivo...
Mais algumas confusões depois, lixaram tudo para receber o verniz, e finalmente ficou bom...

9º
Hoje, 6ªfeira, espero que finalizem esta casa-de-banho...como é que uma coisa aparentemente simples, se torna neste filme?
Mas pronto, acredito que faça parte...com os erros é que se aprende! E vamos ter que passar por eles até encontrar as pessoas certas.